Mais uma vez presenciamos em nosso país a correria típica de final de ano: preparativos para festas, para ceias, além de "batalhas" por conseguir comprar à tempo os presentes.
Evidentemente que o problema não está em presentear, mas por um lado está na motivação desse ato. Já há muito tempo essa correria, esse frenezi está tão consolidado em nossa sociedade que certos assuntos vêm à discussão parece que apenas por causa da correria. Certo dia assistia a um jornal e a matéria em pauta era sobre males causados ao corpo humano (à coluna vertebral, aos braços, às pernas...) devido a esforços exagerados. Mais precisamente, o que "lembrou" a discussão dos males causados no corpo, foram os esforços feitos por tantas pessoas carregando suas inúmeras, grandes e pesadas sacolas de presentes, tendo caminhado horas e horas atrás dos mesmos, submetendo-se ao conseqüente stress. Enquanto assistia à matéria, pensei: "Passou um ano inteiro e só agora houve um 'gancho' para tratar de um assunto referente à saúde?..."
Agimos com tal consciência a qual mesmo deparando-se com incoerências, não deixa de satisfazer a si mesma. Em outras palavras, e como já é sabido: o natal é o aniversário, refere-se ao nascimento de Jesus e que o mesmo nem nasceu nesta época do ano. Também é sabido o que levou à comemoração nesta época. Agora, sendo o ato de presentear alguém muito honroso, digno até, e saudável, seria o mesmo medido por quantidades ou tamanhos de presentes, ou tempo de procura pelos mesmos, ou níveis de stress conseqüentes (sendo que a rigor nem teríamos razões para GANHAR presentes)? Definitivamente, as motivações pra tudo isso, penso, não estão certas.
Seria sim interessante nos darmos conta que estamos a comemorar o nascimento de Jesus e, assim, procurar saber acerca dele: que nasceu com um propósito e que na verdade ele é o nosso presente.
Lembre-se: presentear pessoas não é problema, mas podem ser as motivações para tal e as visíveis conseqüências. Além disso, onde tivermos nossos tesouros, nossas riquezas, lá estará nosso coração (Lucas 12.34).
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